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quarta-feira, 16 de maio de 2012

minha entrevista no Canal Futura (Obesidade e Dor)


Gente, como foi difícil...mas, consegui...hehe...entrevista ao vivo, ui e fui pega num ângulo não muito favorável...hehe...mas vou deixar aqui um material completo para quem quiser saber mais...
Poxa, tinha feito um coque tão bonito, mas peguei chuva...e cheguei bem em cima da hora da gravação...
O tema foi obesidade e dor...Foi legal participar porque sempre assisti o canal Futura, e minha filha cresceu assistindo também, principalmente Sagwa e as Trigêmeas...a história de jogar o lanche fora, e comprar pizza foi inspirado nela...hehehe
Agradeço o convite da TV Cultura e a oportunidade de poder falar sobre o assunto, pena que foi tão rapidinho...e as respostas foram rápidas, não dava tempo para pensar...Por isso, segue um texto completo, que escrevi para complementar...e qq dúvida me perguntem

Texto completo:


Obesidade:
Questão de saúde pública, e uma dificuldade em muitos países no mundo. Os fatores envolvidos vão além do físico, e um atendimento multiprofissional é importante, de preferência com característica interdisciplinar.
Fatores ligados à obesidade:
Fatores Hormonais:
Variações hormonais tais como: excesso de insulina; deficiência do hormônio de crescimento; excesso de hidrocortisona, os estrógenos etc.
Fatores genéticos
Questões emocionais: depressão, ansiedade
Comportamento e hábitos alimentares: cantinas, fast-food, alimentos industrializados com alto teor de gordura e sódio (principalmente no Brasil)
Falta de atividade física ( que está ligado ao comportamento e hábitos)
Problemas enfrentados pelas pessoas enfrentam:
Até onde vai a aceitação do próprio corpo e os limites da pessoa para evitar ganhar peso e perder peso? O alimento nutre o corpo, mas também é um meio de proporcionar prazer. E, ultimamente há uma cobrança enorme da sociedade com a aparência, além de outras pressões da vida moderna, que inclui falta de tempo para ter um lazer, praticar uma atividade física e até mesmo se alimentar devidamente.
Quando lidamos com obesidade, não falamos apenas de ganho de peso, mas de vários outros fatores envolvidos (físicos, psíquicos e emocionais):
Dificuldade de entrosamento social e alguns casos, cobrança social, inatividade física, problemas cardiorrespiratórios e dor...
Dor na obesidade, pode ser gerada pela sobrecarga em várias partes do corpo como joelho e coluna...o que vai limitar ainda mais o movimento, como um grande ciclo vicioso...
A dor está perdendo o conceito de ter uma visão apenas de dor física, mas envolvendo aspectos emocionais, psíquicos, sociais e espirituais...Como, definiu Cicely Saunders quando atendia pacientes oncológicos em cuidados paliativos...
Quanto mais sedentário, mais cansado a pessoa fica, e mais dificuldade de fazer qualquer atividade física...
O indivíduo com sobrepeso ou em algum grau de obesidade pode apresentar a dificuldade de realizar atividades físicas, não só pelo cansaço, mas por dores que podem aparecer em algumas partes do corpo, como joelho e coluna. Isso ocorre porque a musculatura está mais fraca e há uma sobrecarga nas articulações. Problemas com o esquema e a imagem corporal podem influenciar a postura (alteração do centro de gravidade, que vai alterar o eixo e maior sobrecarga em uns locais que outros), assim postura errada prejudica as estruturas do corpo, sendo responsável também das queixas álgicas.
A atividade física deve ser um hábito saudável, como programa básico de saúde pública, em que deve ter os recursos e os profissionais adequados. No caso da Obesidade, é necessária uma equipe multiprofissional integrada de forma interdisciplinar, em que essa equipe trabalhe junto e em conjunto pelo paciente...
A equipe deve conter: médico, nutricionista, fisioterapeuta, educador físico, psicólogo, professores e profissionais ligados à educação, e deve ter o apoio dos veículos e meios de comunicação.
Como verificar a obesidade:
O IMC e a verificação de dobras cutâneas são dois métodos para verificar o sobrepeso e a obesidade.
IMC é um bom indicador, mas não totalmente relacionado à gordura...não distingue massa magra e massa gorda...
IMC números:
índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura)
Fórmula: Peso (K) /Altura(m) 2
Sobrepeso: maior ou igual 25
Pré-obeso 25,0 a 29,9 (risco de comorbidades: aumentado)
Obeso I 30,0 a 34,9 (risco de comorbidades: moderado/grave)
Obeso II 35,0 a 39,9 (risco de comorbidades: muito grave)
Obeso III maior 40,0 (risco de comorbidades muito grave/extremo)
Circunferência abdominal e risco de complicações metabólicas
associadas com obesidade em homens e mulheres:
Risco de complicações metabólicas homem mulher
Aumentado Homem: Maior ou igual 94 maior ou igual Mulher: 80
Aumentado substancialmente: Homem m/igul: 102 Mulher: Maior ou igual: 88
O mais importante é prevenir, através de programas mútuos entre profissionais de saúde, educação e comunicação... (trabalho que vi na Hungria que falava sobre isso)
A escola e seus profissionais, juntamente com os meios e veículos de comunicação devem trabalhar em conjunto com a prevenção, seja na questã alimentar, seja, na busca pelo incentivo da própria atividade física...por exemplo:

Na escola: os professores, diretores, funcionários no geral deveriam ser incentivados a aderir o programa também...
Assim, uma política de atenção deve ser feita, para a prevenção da obesidade, com a discussão prévia e conjunta dos profissionais de saúde, de educação, imprensa e sociedade. É fundamental, que essa programa de atenção seja feito pelos profissionais de educação e saúde, e na própria área de saúde, a visão e participação deve ser multiprofissional...
Onde entra a fisioterapia?
Quando há dor e qualquer lesão de alguma articulação, o fisioterapeuta deve ser procurado para o tratamento. Porém, a Fisioterapia vai além disso, ela tem em sua missão o trabalho de educação e participação na atenção primária da saúde, principalmente na prevenção da obesidade, através de exercícios e orientações diversas, inclusives posturais para uma vida mais saudável, prevenindo assim, a instalação de dores e problemas na coluna, joelho e outras articulações. A fisioterapeuta pode e deve atuar antes da patologia se instalar, preferencialmente.

O exercício realizado de forma errada, sem a supervisão do fisioterapeuta e do educador físico pode trazer danos a saúde, e a consulta com o médico, sobretudo o cardiologista também é importante, quando há hipertensão (pressão alta), por exemplo.

Medidas propostas pela Fisioterapia:
Os exercícios aeróbios, como caminhadas são recomendadas, mas com cautela e com calma...devido ao impacto, é necessário um tênis que absorva esse impacto e vestes leves e que auxiliem a transpiração...As caminhadas devem começar com tempos gradativos...
Hidrocinesioterapia: Quando há uma lesão (ex. dor numa articulação como joelho) é necessário diminuir o impacto e a Hidrocinesioterapia é importante, porque é realizada dentro da água pelo fisioterapeuta e difere da hidroterapia, pois são exercícios específicos para trabalhar a recuperação da lesão...)
Pilates e yoga, baixo impacto, dependendo da série e trabalham também alongamentos e a parte respiratória...o que já auxilia na redução da ansiedade...
Acupuntura (sistêmica ou de microssistema como a reflexologia e auriculoterapia) – Auxiliam o fluxo energético, o que também vai atuar nas parte emocional, e não só física...vai tratar a “causa”...
Massagem: Auxilia o relaxamento e alivia a dor, além de proporcionar mais disposição...
Falando nisso, a drenagem linfática manual não vai emagrecer, como muitos falam...ela auxilia sim, quando há retenção de líquidos, melhorando a parte linfática e também é toque, e o toque terapêutico envolve prazer...
Os recurso da eletroterapia, como o TENS e o uso do calo ou gelo, são outros recursos adjuvantes, que podem ser usados pelo fisioterapeuta.
O Bom diagnóstico funcional e o tratamento individualizado são peças chaves para o tratamento da dor na obesidade.


Umpouco sobre mim:

Formada em Administração e Fisioterapia
Fisioterapeuta do Instituto Nacional de Câncer
Membro do Grupo de Dor e coordenadora da Câmara Técnica de Oncologia, ambos do CREFITO 2
Diretora Administrativa da Associação Brasileira de Fisioterapia e Oncologia
Pós-graduada em Oncologia (INCA), Acupuntura (CASTA) e Bioética (IFF)

3 comentários:

  1. MARCIA, ótima entrevista, como tudo que vc faz, nota 10. Parabéns!!!
    DANIELE NEGRÃO

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  2. Gostei poderosa. Bjs da Dina

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  3. OI Marcia,
    Enfim, vi a entrevista e li o seu texto. Gostei muito. Acho que vc poderia dar uma dinamizada em seu blog, gravando vídeos falando sobre temas como esse. Um beijo,
    Graça Portela

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